ÁREAS VERDES DE PAULISTA ESTÃO DESAPARECENDO

 


 Você já reparou que várias áreas verdes daqui de Paulista estão desaparecendo? Pois gostaríamos de falar um pouco sobre isso.

Residimos numa área de praia (o Coletivo Força Tururu) e diariamente precisamos pegar a Manepá e a PE-22 para nos deslocarmos para outras cidades e há alguns anos a mudança drástica da paisagem vem nos incomodando.

Ao sairmos do Janga, nos deparamos com uma vasta área desmatada, no Engenho  Maranguape. Do lado direito, sentido Paulista-Centro, em poucos dias, aterraram e deixaram apenas algumas árvores para a gente lembrar que ali elas já foram morada.

Neste mesmo local, sendo que agora do lado esquerdo, fizeram o mesmo e já há uma placa do “Mercado Novo”, deste modo sabemos qual é o projeto trilhado para aquela área, onde vários animais são atropelados, pois perderam seus territórios. Estes, infelizmente, são apenas alguns, dos vários exemplos que temos para questionar, como:  o próprio Shopping Paulista, o empreendimento residencial que fica do lado dele( e que a obra está embargada), justamente porque aterra uma parte do Rio Paratibe, os condomínios na Mata do Frio, o Supermercado Todo Dia, bem como os novos apartamentos que surgem do seu lado, a Igreja do Amor, doação do nosso ex- Prefeito Júnior Matuto, O novo Atacadão, a fábrica de plásticos na PE-22, o aterramento do Rio (ao lado da Igreja do amor). Todos esses lugares foram construídos com uma legislação que só protege o bolso do empresário e daqueles que  eceberam "favores" em troca.


Essas ações foram realizadas tranquilamente, sem maiores questionamentos, afinal é "progresso". A sensação de injustiça e subtração do nosso patrimônio natural é imensa! O triste é saber que com uma canetada, perdemos o que demorou séculos para ser construído. Deixamos a seguinte pergunta: quem está por trás deste projeto de destruição das áreas verdes de Paulista?

Tendo em vista toda essa destruição de nossa cidade em detrimento de um pensamento capitalista que visa gerar lucro a empresários, é que precisamos ficar atentos ao Plano Diretor da Cidade de Paulista, que no ano de 2019 a Rede Coppa (Rede de Coletivos Populares de Paulista) entrou com uma representação no Ministério Público para embargar o processo contraditório e manipulador que a Prefeitura estava empreitada para empurrar goela abaixo na população.

Segundo informações do site: https://urbanismo.mppr.mp.br/arquivos/File/O_que_e_plano_diretor.pdf

É importante informar que O plano diretor é um projeto de cidade no que tange aos seus aspectos físico-territoriais, elaborado pelo Poder Executivo Municipal, sob a responsabilidade técnica de um arquiteto urbanista com a participação de uma equipe interdisciplinar, em um processo de planejamento participativo. Além disso, o plano diretor deve ser aprovado pela Câmara Municipal, por isso pressão nos vereadores para que pensem na cidade como um todo e não apenas nos empresários.

Esse processo de planejamento da organização físico-territorial da cidade que resulta no plano diretor deve ser participativo, na medida que a Constituição Nacional, em seu artigo 29, X, prevê a cooperação das associações representativas no planejamento municipal, e o Estatuto da Cidade (Lei Nacional n. 10.257/2001, no § 4º do artigo 40, reza que: “No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão: I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade; II – a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos; III – o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos”.

Vamos ficar ligados e ligadas para embargar o processo de desmatamento das matas e florestas de nossa cidade.


Quer saber mais sobre o Coletivo Força Tururu? Acesse:

 

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ou nos manda um whatsapp: (81) 98409-9587 ou um e-mail: coletivotururu@gmail.com





Comentários

  1. Em algumas cidades da região metropolitana do Recife já sentimos os efeitos adversos da retirada irresponsável das árvores e da vegetação como o todo. O exemplo é o calor cada vez mais forte e baixo índice pluviométrico de chuvas. Paulista mesmo está no racionamento recente de água devido a falta de chuvas. Precisamos fortalecer leis ambientais em nossa cidade que fortaleçam a preservação do meio ambiente.

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  2. É assustador como esse maldito "progresso" ganha cada vez mais o coração de quem mais é excluído por ele, por isso especulações como essa e várias outras ganham muita força. Não sei o que fazer, pois até os coletivos se tornam grão de areia diante da quantidade de dinheiro em jogo. O apoio popular está para quem desmata, infelizmente. Não sei onde iremos parar com essa situação.

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  3. Primeiramente gostaria de expressar o quão grato eu me sinto por finalmente encontrar um órgão preocupado com isso! Eu sempre me senti incomodado com essa
    Questão. Moro em Jardim Paulista Alto, próximo as subestações da Compesa e Chesf, onde haviam um campo (conhecido como do Rivaldo) e uma mata nativa que se ligava à mata do frio. O que vi nos últimos cinco anos foi a paisagem mudar drasticamente para dar lugar a conjuntos habitacionais e invasões com intuito imobiliário. O que vejo, com muito pesar diariamente, é nossa mata desaparecer aos poucos e o clima modificar drasticamente, o que antes era ameno, hoje é um calor insuportável. Fico triste com esse plano municipal de destruição em massa às serventia do progresso. Se, em algum momento, se fizer um movimento público contra essa onda, estarei presente às massas. Também já comecei a segui-los para acompanhar qualquer atualização sobre o tema. E parabéns ao coletivo pela iniciativa!

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