AQUELA OLHADA NO ESPELHO
Comunicação para dar certo é algo que precisa
ser revisto, o tempo todo, e novas estrategias devem ser criadas para serem
adaptadas a realidade de cada lugar, de cada objetivo. E pensando nisso, a
gente, do Coletivo Força Tururu, que trabalha com comunicação sempre está
pensando em algo novo para dialogar diretamente com as pessoas, para ser fonte
de reflexão social, quando nas ruas e becos de tantas comunidades ou aqui, no
mundo virtual, que igualmente surte efeito gigantescos.
Criamos algumas mídias virtuais para ser
instrumento de divulgação e conscientização de ações que o Coletivo Força
Tururu desenvolve para a redução da violência. Aquela foto tirada, um vídeo denúncia
elaborado, um fanzine distribuído, uma exposição fotográfica, um documentário
para construção de uma discussão propositiva, um clipe de rap que traz
contextos das favelas, e por aí vai. Tudo isso artiulado ao Facebook, Instagram
e ao nosso blog, sem contar com aquele boca a boca, frente a frente, em todo
lugar que a gente vai.
Diante das pesquisas que já fizemos nas redes
sociais e na comunidade, muitas vezes o único canal de comunicação social que
as pessoas tem é o Coletivo Força Tururu, portanto, temos uma responsabilidade
muito grande, que deve ser partilhada ao tempo em que a multiplicação e os
processos formativos são feitos para mais gente, contribuindo para relfexões
construtivas e NADA individuais.
Como foi fito no começo deste texto, a
comunicação é algo que precisa ser revista e para isso decidimos começar a
elaborar vídeos temáticos, de ficção, de cunho social, com atrizes e atores de
nossa comunidade e de pessoas que se oferecem para contribuir com a
discussão. O primeiro deles será o que
chamamos de: Aquela Olhada no Espelho,
que retrata as tantas vezes que apontamos o dedo para os outros e outras e
esquecemos de nossas vidas, ou esquecemos de contribuir com as pessoas que
precisam. Quantas vezes dissemos que
“fulano” é noiado (que fez uso abusivo de drogas) e não movemos uma palha para
que esta situação mude? Quantas vezes soubemos julgar os erros alheios e
esquecemos os nossos próprios erros? É por esta linha que seguirá este trabalho
de audiovisual. O roteiro é de André Fidelis e a direção de Gilson Luiz, ambos
do Coletivo Tururu, com participação de gente da gente, da comunidade.
Nossa intenção não é acumular informação, mas
sim, diante do que fazemos, dos processos que construímos para redução da
violência, empoderamento de pessoas, ativação de mais gente, transformar nossa
realidade, cobrar daqueles que devem ser cobrados, juntar os que de fato querem
enfrentar todo este mal que nos assola e a principal ferramenta que utilizamos
é a comunicação popular e comunitária, que vem dando muito certo e gerando
impactos significantes.
Para construir os roteiros desses vídeos e
realizar as gravações é/foi preciso um diálogo profundo com a comunidade, que
tem muita coisa a dizer, sobre tantas vezes que julgamos os outros sem olhar
para nós mesmos. Um trabalho que
realizamos ele não é feito simplesmente por fazer, ele é articulado a tantas
outra ações para se tornar processual e não ficar isolado. É uma ação de luta
que interliga tantas outras lutas para nos tornamos pessoas mais coletivas.
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