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Mostrando postagens de agosto, 2017

UM DIA DE CORRERIA

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“Correria” na linguagem popular significa ir atrás, tentar algo, é ser instigado a produzir alguma coisa, tipo: “vou ali fazer uma correria pra conseguir levantar grana para feira de casa esse mês”, que em outras palavras é tentar um biscaite, um emprego temporário para levantar recursos a fim de ajudar em casa.  A palavra “correria” é forte e forte também são seus significados e foi ela, também, que nos inspirou a fazer esses “corre” para contar histórias reais através da fotografia. O novo quadro que o Coletivo Tururu está promovendo pelas ruas do bairro consiste em passar um dia com pessoas da comunidade que trabalham duro para ganhar o pão suado. A ação consiste em uma entrevista e registro fotográfico. As pessoas são escolhidas por serem bastante conhecidas e exemplos de luta para muitas pessoas. O registro de um dia de correria é feito pela nova geração que está entrando no Coletivo Força Tururu, gente nova que foi formado a partir do curso de fotocomunicação promovido pelo

Informativo impresso comunitário e popular

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É difícil as comunidades terem vez e voz nos meios de comunicação impressos, nos grandes jornais que circulam nas capitais dos estados. Por muitas vezes o espaço só é dado nas páginas policiais e isso cria um abismo na falta de comunicação muito grande sobre as grandes possibilidades que existem nas favelas, de vida e construção social, fora que contribui bastante para a estigmatização e na constituição de representações sociais. Por isso e outras os jornais impressos (ponto principal que estaremos debatendo neste texto) tem uma dívida gigantesca com as comunidades pobres, por omitirem a nossa capacidade de transformação e secundarizar a criatividade desse povo de luta e tão sofrido, nos colocando sempre (quase sempre) na condição de marginais. Diante desse quadro alarmante, que é fato, não podemos ficar de braços abertos aguardando que os jornais de grande circulação, na sua “boa vontade” venha nos procurar para fazer alguma matéria que valorize a nossa comunidade, temos

ENTREVISTA COM KARLLA PATRÍCIA: TRAVESTI, ATIVISTA E MORADORA DA COMUNIDADE DO TURURU

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Karlla Patrícia da Silva, negra, 26 anos, travesti, ativista, profissional do sexo, bailarina, garçonete e moradora da comunidade do Tururu.  O Coletivo Força Tururu tem o prazer enorme de bater um papo com essa guerreira apresentar os desafios que ela enfrenta na vida e como é contorná-los em uma sociedade tão hipócrita que vivemos.  Vale a pena ler até o final, dizer um NÃO ao preconceito e fortalecer a luta. Coletivo Tururu: Quando surgiu a Karlla dentro de você? Karlla Patrícia: Surgiu quando eu tinha 9 anos. Sempre  tive essa Karlla dentro de mim, mas não podia assumir ela por conta da família e a sociedade. Aos 12 eu não aguentava mais, me sentia sufocada por dentro porque tava vivendo uma vida e uma pessoa que nao era eu. Dai aos 12 anos eu assumi ela pra toda minha família e toda sociedade. Eu me assumi. Coletivo Tururu: Por que você acha q a sociedade lhe impedia de assumir a Karlla que sempre esteve dentro de você? Karlla Patrícia: Porque temos uma soci