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Mostrando postagens de 2018

Uma só vida. Nova campanha do Coletivo Força Tururu

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Em 2019 queremos direcionar nossos trabalhos a uma campanha, UMA SÓ VIDA que foque os direitos das crianças, sobretudo as que são expostas a graves problemas de violência que estão segmentados, perversos e presentes na sociedade. A ideia surgiu a partir de um comentário que uma criança fez a um de nossos integrantes do Coletivo Força Tururu, dizendo que ela já reconhecia o som que um tiro faz. “Pei!!!!” Mostrava-nos ela o som. O rosto que a criança fazia era de puro medo, alertando que já deve ter sido exposta a cenas como essa no bairro onde mora, de ter que esconder-se ou ficar preocupada quando um tiroteio ocorre porque tem alguém da sua família que ela ama, irmão, mãe, que está na rua e suscetível a tomar um tiro. Não se pode encarar isso como normal, porque não é e nem deve ser.   Uma pergunta simples feita em uma escola pública de uma comunidade da região metropolitana no Recife, em uma sala de ensino Infantil e fundamental I, se algum estudante presente nesta sa

10 ANOS DE COLETIVO FORÇA TURURU: O QUE TEMOS A COMEMORAR?

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“Há que se cuidar do broto Para que a vida nos dê flor e frutos” (Milton Nascimento) Um movimento que nasce e cria uma empatia muito forte nas pessoas, quando completa 10 anos, só por este motivo, tem muitas coisas para se comemorar, porém não distante é necessário fazer sempre um processo de avaliação e reflexão sobre os passos que foram dados ao longo da caminhada. O Coletivo Força Tururu já ganhou três premiações nacionalmente, inclusive uma em primeiro lugar; dialogou intensamente com a comunidade através de vídeos, exposições de fotografias, debates, pesquisas, tudo isso com muito amor e de forma representativa; já cobrou e foi cobrado por posicionamento sobre determinados temas que estão ligados às políticas públicas, responsabilidade social e melhoria da qualidade de vida das pessoas de forma individual e coletiva. Em 2017 podemos dizer que foi o auge do CFT, quando lançou a campanha: Eu não quero ser o próximo , que se propôs a dialogar com vários seto

ENTREVISTA CULTURAL com Patrícia Cruz: cantora e moradora da Cidade do Paulista (PE)

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Patrícia Cruz, cantora popular de forró e frevo genuíno há 18 anos, formada em letras e pós graduada em linguística, moradora da Cidade do Paulista (PE), guardou um pouquinho do seu tempo para nos conceder essa belíssima entrevista que vale a pena ser lida. Coletivo Tururu: Nesses anos todos de carreira o que de mais especial você tem para nos contar? Patrícia Cruz: (Risos)... São 20 anos de dias especiais. Começando pelo fato de ter deixado a sala de aula e tudo mais pra me dedicar por completo a Cultura Popular, perpassando pela honra que foi conviver artisticamente com figuras como Arlindo dos Oito Baixos; Mestre Salustiano; Chiquinha Gonzaga (irmã do Rei Luiz) e tantos outros contemporâneos. Até os dias de hoje quando tive o privilégio de gravar 06 discos. Com participações especialíssimas de Dalva Torres; Paulo Diniz; Coco Raízes de Arcoverde e tantos outros. Coletivo Tururu: Tem algum desses discos que é especial? Se sim, qual? Patrícia Cruz: Tudo es

A CELPE, OS APAGÕES E O DESCASO

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Não é de hoje que toda população sabe que a Celpe passa longe de ser uma das empresas menos adoradas pelo povo Pernambucano.   Demos uma olhada rápida no site Reclame Aqui e vimos que a referida empresa recebeu nos últimos 12 meses 1.137 reclamações, considera-se ainda as pessoas que não tem acesso à internet, não conhece este site, as que se incomodam com algo, mas não reclama, etc. O número sem sombra de dúvidas é infinitamente maior que este.             Pois bem... O fato é que de 23 à 26 de Julho do corrente ano, foram registrados três grandes apagões no bairro do Janga (Cidade do Paulista, Região Metropolitana do Recife), onde fica localizada a comunidade do Tururu, que duram em torno de 2h à 4h. Muito tempo! Tempo demais! E tudo isso acarreta graves danos a população, como: perda de alimentos, a queima de eletrodomésticos, falta de paciência, aumento do calor (que já é bem alto), sensação de medo pelas ruas estarem escuras e a quebra de toda rotina das pessoas.        

PRÉ-CONFERÊNCIA POPULAR DE SEGURANÇA PÚBLICA NA COMUNIDADE DO TURURU

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No próximo dia 23 de julho, grupos organizados da Comunidade do Tururu vão realizar a primeira pré-conferência popular de segurança pública, que terá como tema: chega de tanta morte. Os caminhos da juventude pode ser outro. O debate girará em torno de propor possibilidades ao governo e a sociedade de como trabalhar para garantir mais espaços de lazer, trabalho, emprego e participação popular, garantindo que a juventude, sobretudo a juventude negra, não seja constantemente exterminada por esse sistema que privilegia poucos. A ação faz parte do Agenda Positiva que é uma rede de organizações da comunidade do Tururu que volta a se reunir em 2018, quando em 2017 promoveu duas grandes atividades: a primeira, uma caminhada pelas ruas do Tururu, que tinha como objetivo acabar com os boatos que estavam surgindo de “toque de recolher”, assassinatos, entre outros; o segundo ato foi uma ação de escuta à comunidade, onde as pessoas puderam se colocar trazendo estratégias para a organi

Entrevista: Juventudes, suas lutas e seus direitos

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Eliedson Machado da Silva, mais conhecido como Léo (apelido de infância), um grande militante, no Recife, Educador Social desde 2007, estudante de Bacharelado Ciências Sociais UFRPE, está atualmente como Técnico de Educação não Formal de Nível Médio da FASE Pernambuco. Um papo massa batemos com ele sobre as políticas de juventude e como a conjuntura atual se a presenta para a organização dos jovens.  Léo é um conhecido nosso de longas datas, está nas fronteiras das lutas sociais assim como nós, do Coletivo Força Tururu e aqui, no nosso blog ele contou muita coisa legal. Coletivo Tururu: Conta um pouco da tua história pra gente. Léo Machado: Vixi dá um livro (risos). Nasci  em Areias (bairro do Recife), vivi e me socializei nas Zeis (Zona especial de interesse social) Jardim Uchôa e Caçote. Aprendi a nadar no Rio Tejipió e tive muitos momentos de descontração e travessura na Mata do Engenho Uchôa. Sempre tive uma admiração pelo movimento político comunitário e iniciei m

Nota da COPPA sobre o Plano Diretor do Paulista - PE

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O COPPA (Coletivos Populares de Paulista), vem por meio desta nota tornar público seu mais completo repúdio à Audiência Pública realizada pela Prefeitura da Cidade do Paulista no dia 26/06/2018 para revisão do plano diretor. O Plano Diretor é um dos instrumentos do planejamento municipal que tem como objetivo ordenar o desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. O que isso quer dizer? Quer dizer que é o plano diretor quem vai decidir por exemplo quais são as áreas de preservação ambiental, quais serão as áreas onde poderão ser construídas novas moradias, quais são as áreas pobres e vulneráveis que deverão ter uma atenção especial do poder público, quais serão as áreas destinadas para o lazer público, etc. O Estatuto das Cidades prevê a Gestão Democrática, sendo necessária a presença da sociedade em temas que envolvem a cidade, sob pena de prática de improbidade administrativa (Art. 43 e 52). Quanto maior a partici

AS COLETIVAS: COLETIVO FEMINISTA DA CIDADE DO PAULISTA

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O debate sobre feminismo precisa chegar as comunidades pobres. Esse debate é importante para empoderar as mulheres e a população de forma geral, garantindo mais respeito, contribuindo para a redução dos índices de violência doméstica e cobrando do estado e da sociedade seu devido papel.   Imagina só as mulheres cada vez mais sabendo de seus direitos? Isso vai ser bom pra todo mundo. Por isso surgindo da constante necessidade de desconstrução do patriarcalismo e machismo presentes na estrutura de grande parte das civilizações desde a antiguidade, e ainda num contexto sociopolítico em que se acentua a necessidade de organização dos movimentos sociais e de um posicionamento incisivo da sociedade civil frente à ameaça eminente de perda de direitos conquistados historicamente, surge o Coletivas , coletivo feminista empenhado na luta contra o racismo, capitalismo, LGBTQfobia e todas as formas de opressão. Composto por mulheres do município do Paulista, as Coletivas tem