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Mostrando postagens de 2022

AMANHECE MAIS UM DIA NO TURURU

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  Amanhece mais um dia na comunidade do Tururu, algumas pessoas na rua com uma gaiola "pendurada" no ombro, carregando seus passarinhos para um passeio na Rua Floresta. Talvez pense o bichinho, preso ali, como seria navegar nos ares da mata do Janga, o pobrezinho nunca teve esta oportunidade. Aparecem lá longe os primeiros ônibus da linha que entra na nossa comunidade (de vez em quando, é uma luta isso), que vem buscar o povo que cedo vai trabalhar fora da cidade. Vai ser um trajeto longo, de superlotação, calor insuportável e engarrafamentos. Os mercadinhos começam a abrir, porém antes, as padarias já estavam recebendo seus clientes, a economia gira na localidade, o povo precisa ganhar seu pão de cada dia e muita gente necessita consumir, comprar, se alimentar, viver!   São relatos que se repetem no dia-a-dia, em uma rotina estabelecida na dinâmica comunitária, do posto de saúde abrindo, dos estudantes seguindo pra Escola São José ou pro Ejomaq (Escola Estadual José Mano

UM CONVERSA COM JONES MANOEL - Coletivo Força Tururu

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  Entrevistamos Jones Manoel, 32 anos, um jovem líder, negro, que com seu canal no youtube e sua luta na sociedade, tem gerado vários debates importantes que estão ajudando a fazer uma reflexão profunda sobre luta de classes. Jones se dizia, na juventude, muito tímido. Fez teatro a partir do incentivo de sua irmã, teve seu pai assassinado, fez vestibular e passou em história e vendo a dificuldade de jovens negros da periferia, na comunidade onde morava, resolveu fazer um curso pré-vestibular para ajudar outras pessoas da favela da Borborema, no Recife. Passou a ouvir Racionais, GOG, Facção, como fonte de inspiração. Sempre se viu sua vida tendenciada à esquerda. Aos 18 anos teve o seu primeiro trabalho de carteira assinada; sofreu vários preconceitos, sobretudo por ser negro e pobre. Após ter participado de vários protestos e estudado muito sobre o comunismo resolveu entrar no PCB (Partido Comunista Brasileiro), participando da UJC (União da Juventude Comunista).   Com essa imersão

ATIVA PERIFERIA: Um conjunto de intervenções promovidas pelo Coletivo Força Tururu

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  A periferia é espaço de muitas organizações sociais que juntas promovem uma série de eventos que geram participação e mudanças estruturantes para às comunidades. A exemplo, podemos citar: quando as pessoas já não aguentam mais um péssimo atendimento ofertado pelas prefeituras nos postos de saúde e começam a se organizar para que isso mude; ou tantas formações promovidas à adolescentes e jovens que passam a ter consciência crítica sobre os diversos problemas de sofrimento social que são submetidos nas favelas do Brasil. O Coletivo Força Tururu foi provocado a partir do seu planejamento estratégico a refletir sobre sua caminhada e como pode tornar suas ações mais articuladas, gerando mais participação, incidência e abalando as estruturas para que gerem mudanças significantes nas comunidades e na sociedade de forma geral. Foi aí que nasceu o Ativa Periferia , que é um conjunto de quatro eixos focados na formação, organização, promoção de ações e provocação ao sistema para que política

COLETIVO PROMOVE CONCURSO DE FOTOGRAFIA PARA A COMUNIDADE DO TURURU

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  Várias maneiras podem ser criadas para agradecer, prestigiar, homenagear uma comunidade querida, aqui, no nosso Tururu, foi pensado pelo Coletivo Força Tururu um concurso de fotografia que pretende trazer, através da lente do celular, várias maneiras de se olhar o território afetivo. Um problema social, uma moradora antiga, a felicidade de um jogo de futebol, o trabalho das Organizações Sociais, a hora do almoço de uma família, uma criança assistindo televisão, esses são alguns dos exemplos de imagens que podem se transformar em fotos que podem ser apresentadas no 1º Concurso de Fotografia Marllon Nascimento, como tema: Meu olhar sobre o Tururu. Para isso, foram elencados alguns critérios, são eles: 1. A forma de criação, representação e técnica da obra é livre, podendo ser utilizados recursos que você tem disponível. Não podendo ser editada a imagem. 2. Cada participante poderá participar enviando apenas uma (01) fotografia. 3. Cada participante só poderá ser premiado uma ún

COLETIVO FORÇA TURURU CONSEGUE JUNTO À VEREADORA DA CIDADE DE PAULISTA APROVAR DUAS LEIS DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES.

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  As ações que desenvolvemos nos mês de março surtiram efeitos importantes para a nossa cidade, Paulista. Conseguimos junto à Vereadora Flávia Hellen, aprovar duas leis de enfrentamento à violência contra as mulheres: a 5091/2022 e a 5092/2022. A LEI 5091/2022 cria a campanha permanente "não é não" de enfrentamento ao assédio e violência sexual nos transportes públicos e estações de transportes públicos no município de Paulista. A LEI 5092/2022 dispõe sobre a implementação de mecanismos e ferramentas no ambiente escolar contra o assédio sexual e moral nas escolas do município de Paulista. Em 2021 elaboramos o nosso planejamento estratégico e pontuamos que, a cada ação que fizemos iremos articular ao processo de incidência política, para que gere modificações estruturais nos espaços que caminhamos e que convivemos. O exemplo disto são essas duas leis, que nasceram a partir de um processo de formação, comunicação, reuniões e pressão promovidas por nós, do Coletivo Força

MUITO RESPEITO: Pelo fim da violência contra às mulheres

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  “Hoje eu tenho medo dele, pois ele passa de vez em quando na frente de minha casa mesmo eu tendo uma medida protetiva, já procurei a delegacia por isso, mas pouca ajuda obtive”. Iniciamos este texto com as palavras de uma mulher guerreira, que tem medo do ex-companheiro devido às violências que sofreu: sexual, patrimonial e psicológica. Ela foi nossa entrevistada do vídeo que estamos produzindo, que é parte das ações que foram desenvolvidas neste mês de maio, com foco no enfrentamento à violência contra as mulheres, no campo da formação e da incidência política. Vamos a lista de ações: 1) Pesquisa sobre violência contra a mulher na comunidade. 2) Produção de cartilha sobre enfrentamento à violência contras as mulheres. 3) Distribuição da cartilha em escolas públicas. 4) Homenagem à mulheres fortes da nossa comunidade. 5) Produção de material de comunicação. 6) Apresentação à vereadora Flávia Hellen de projetos de lei para ser apreciado pela Câmara Municipal de Paulista, sobre enfren

O CELULAR TÁ NA MÃO?

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  Hoje com o avanço das tecnologias é possível produzir, com muita qualidade, seu próprio conteúdo de comunicação, nas mais diversas formas e possibilidades. Um jornal comunitário, por exemplo, com a fala das pessoas do bairro, notícias importantes, dar espaço para que moradores sejam colunistas, organizar um layout simples, no word mesmo, reproduzir cópias e distribuir para as pessoas é um possibilidade legal, simples, mas que requer comprometimento das pessoas que estão à frente. Produzir fotografias para abordar alguma problemática na comunidade, ou mais, organizar cards para publicar nas mídias sociais, os celulares da atualidade, como todas já sabem, oferecem uma qualidade muito boa na resolução da câmera e há aplicativos que amplificam isso, deixando a criatividade se misturar com a informação. Por isso, para incentivar que grupos comunitários, coletivos, possam produzir seus próprios materiais, na perspectiva de instigar as pessoas a refletirem sobre os sofrimentos sociais