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Mostrando postagens de maio, 2018

RESPEITEM AS MINAS!

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Por Daniela Rodrigues – Assistente Social Nas últimas semanas passei por duas experiências das quais me lembrei quando fui desafiada a escrever esse texto. A primeira foi ter visto uma mocinha que tinha seus 15 ou 16 anos se aproximar carinhosamente de um (provável) namorado de idade parecida, presumo, e ele bater no seu rosto; e ela, em seguida, insistir em lhe beijar novamente, rindo inclusive, da situação; um outro momento, foi um áudio (junto de uma foto) que viralizou no “whats”, no qual uma jovem (aparência de 20 anos), descrevia “o tipo” de namorado que ela queria; dentre outras caracteristicas, o pretendente teria que ter “passagem na polícia e pelo menos três homicídios... se fosse dono de ‘uma boca’, melhor”. Fiquei refletindo com meus botões: porque a “sujeição” das mulheres é reproduzida (como nos casos que citei) por elas mesmas?  E o que me chama a atenção, também é, como esses episódios são encarados pela população? Bem, arrisco dizer que para as duas per

A Violência e a Paz nossa de cada dia

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Por Jesuana Prado "Estado de paz, governo de si mesm@"  Italo Rovere A violência sempre esteve presente na ação humana e também, muitas vezes nas ações da natureza. Há quem a defenda como inerente a condição humana, se pensarmos em todas as vezes que fomos alvo de violência ou quando tivemos atitudes violentas, veremos que realmente é uma capacidade nossa, embora seja motivo de vergonha para alguns e de convencimento para outros.  A cada notícia de linchamento coletivo, reflito o quanto de violência estamos deixando nos dominar, o quanto estamos perdendo nosso sentimento de humanidade e nos levando mais por julgamentos do que por atos misericordiosos. Somos nós tão perfeit@s a ponto de julgar com nossos próprios argumentos alguém que rouba? Somos nós tão imunes ao crime a ponto de sentenciar uma pessoa à morte por um linchamento? Não. Não somos melhores do que ninguém. “Quem sou eu para julgar” já dizia o Papa Francisco e também o próprio Jesus. Não somos don@s

ENTREVISTA COM RUD RAFAEL – DIREITO À MORADIA

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Rudrigo Rafael Souza e Silva, 33 anos, mais conhecido com o Rud Rafael. Rud é assistente social formado pela UFPE, com especialização em Gestão de Programas e Projetos Sociais pela UNICAP, tem mestrado em Serviço Social também pela UFPE. Militante do Movimento Sem Teto, Educador da ONG FASE, um camarada atuante nas trincheiras do direito à moradia. E é exatamente sobre esse tema o nosso bate papo de hoje. Coletivo Tururu: Como você vê hoje o problema relacionado a falta de moradia? Rud Rafael: O problema da moradia é um traço inequívoco da permanência do nosso passado colonial aliado a um capitalismo que tem no elemento da terra (rural e urbana) uma importante mercadoria. Mesmo que tenhamos na Constituição Federal assegurados o direito à moradia e a obrigatoriedade da propriedade cumprir uma função social, temos mais imóvel desocupado do que famílias precisando da moradia. Segundo a Fundação João Pinheiro, são 7.906.767 de imóveis vagos contra 6.355.743 famílias preci

Homofobia e Marginalização das Vítimas LGBTT

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Por Alberto Pires É perceptível a onda conservadora e fundamentalista existente para a não efetivação dos direitos das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBTT), principalmente quando se faz o recorte de raça e classe. Contrapondo-se a Carta Magna, Constituição Federal de 1988, que dispõe, através de seu s princípios basilares, a garantia da igualdade, liberdade, dignidade da pessoa humana e sobretudo o direito á vida.  Diante disso, precisamos compreender melhor sobre o termo homofobia, que desde a década de 70, século XX, entende-se como a hostilidade e o desconforto diante de homossexuais. Outros termos surgiram objetivando designar formas específicas de discriminação, tais como lesbofobia (contra lésbicas), bissexualfobia (contra bissexuais) e transfobia (contra travestis e transexuais). Porém, a primeira expressão tem maior disseminação na sociedade, utilizada de forma genérica para englobar a discriminação contra LGBTTs. Compreende-se p

Qual a presença do Estado na comunidade?

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Pense bem... Se for tomado como exemplo a comunidade do Tururu e for dado um giro pelo local, de forma crítica, como o Estado se faz presente? Uma Unidade de Saúde da Família, que vez por outra falta médicos ou dentistas; e uma escola pública e mais nada. Ops! Tem ainda a presença da polícia que invade a comunidade de forma repressiva e constrangedora e em raros momentos ousou dialogar com a população. Dai uma pergunta é pertinente: como se muda a realidade, quando o Estado não está presente? Só nós por nós mesmos? Para aqueles que já tem muito, que acreditam na meritocracia, tudo é vitimismo quando se fala em garantia de direitos. Desde que o pobre nasce, ele é conduzido de forma desleal na sociedade a sobreviver conforme seus instintos e sob as circunstâncias das pequenas oportunidades que aparecem. Se ha cometido injustiças contra o pobre e ele procura a delegacia, por diversas vezes será ignorado, se procura a Defensoria Pública, são filas e mais filas, um trabalho mor

ENTREVISTA: Professor Alex Melo (os desafios da educação Pública)

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Nosso entrevistado: Professor Alex Melo, há 11 anos que leciona geografia, atualmente trabalha na Escola EREM José Manoel de Queiroz, na cidade do Paulista – PE. Um professor atuante que busca na comunidade as respostas para a construção de aulas participativas, construídas a partir de problemas sociais. A conversa com Alex enveredou-se por diversos temas, que vão desde os problemas na escola até questões que estão além dos muros e incidem diretamente do cotidiano do aluno. Vale a pena dar uma conferida na entrevista toda e verificar passo a passo como foi esse bate papo. Coletivo Tururu: Quais são os maiores desafios em ser professor? Professor Alex: Os desafios são imensos, dentre os desafios diários listei apenas alguns que acredito influenciar no processo de aprendizagem significativa, São eles: 1 – lidar com estudantes de diferentes perfis: Realidades de vida diferentes, formas de pensar diferentes, estilo de vida diferente, são alguns desafios diários a