A Violência e a Paz nossa de cada dia
Por Jesuana Prado
A violência sempre esteve presente na ação
humana e também, muitas vezes nas ações da natureza. Há quem a defenda como
inerente a condição humana, se pensarmos em todas as vezes que fomos alvo de
violência ou quando tivemos atitudes violentas, veremos que realmente é uma
capacidade nossa, embora seja motivo de vergonha para alguns e de convencimento
para outros.
A cada notícia de linchamento coletivo,
reflito o quanto de violência estamos deixando nos dominar, o quanto estamos
perdendo nosso sentimento de humanidade e nos levando mais por julgamentos do
que por atos misericordiosos. Somos nós tão perfeit@s a ponto de julgar com
nossos próprios argumentos alguém que rouba? Somos nós tão imunes ao crime a
ponto de sentenciar uma pessoa à morte por um linchamento?
Não. Não somos melhores do que ninguém. “Quem
sou eu para julgar” já dizia o Papa Francisco e também o próprio Jesus. Não
somos don@s da verdade, tampouco justiceir@s que mancham de sangue as próprias
mãos por defender coisas que alguém está roubando. Sim, são coisas. As coisas
estão sendo colocadas acima do ser humano, o Ter sobrepondo o Ser e o sentimento
é de que cada dia mais, caminhamos para o vazio da existência, sem saber por
que se vive, qual o sentido da vida.
Nem se quer paramos para pensar sobre o real
sentido da vida, de nossas vidas, somos consumid@s pelo tempo, para alguns não
há tempo a perder pois tempo é dinheiro. O Deus dinheiro encaixa-se na lógica
de um Deus que aprisiona, utilizasse a maior parte do tempo de vida para TER
cada vez mais coisas, para fazer coisas, comprar coisas. Coisas estas, que
depois serão facilmente descartadas quando perderem seu valor, a própria
obsolescência programada.
A juventude tem sido cada vez mais vítima desse sistema desumano a qual quem manda é o capital, que triste um jovem só ter contato com seus direitos quando infringe uma lei. Porque seus direitos fundamentais, na maioria das vezes, não se efetivam? Não podemos vitimizar ainda mais nossa juventude, não podemos todos os anos ter estatísticas de guerras quando nos referimos ao extermínio de nossos jovens.
A juventude tem sido cada vez mais vítima desse sistema desumano a qual quem manda é o capital, que triste um jovem só ter contato com seus direitos quando infringe uma lei. Porque seus direitos fundamentais, na maioria das vezes, não se efetivam? Não podemos vitimizar ainda mais nossa juventude, não podemos todos os anos ter estatísticas de guerras quando nos referimos ao extermínio de nossos jovens.
Diante de tudo isso qual deve ser então nossa
missão?
Lutar é nossa missão. Lutar por políticas
públicas de juventude, por pautas, direitos que elencamos como essenciais a
vida humana, por dias melhores, por uma mudança profunda no sistema ou para a
construção de um novo sistema onde direitos sejam garantidos, legitimados, e
nossa mãe terra não sofra tanto.
Nossa missão também deve ser cultivar a paz
dentro de nós para que assim ela possa chegar a tod@s que estão em nosso
convívio, devemos ser Paz mas não uma paz paralisadora, uma paz que caminha
junto a luta por justiça, igualdades, de mãos dadas com o amor, pois o amor é o
que nos humaniza, o que nos move. A luta sem o amor embrutece, perde o sentido
ao ponto de nem se quer mais sabermos porque estamos lutando. A luta com amor
faz com que sejamos compreensíveis com oprimid@s, assim como nós e não
desejemos ser opressores/opressoras assim como os tiranos que roubam nossa
dignidade, e nossos sonhos.
No cultivo da paz caminharemos para uma
cultura de paz em que a violência será cada vez mais demodê, a violência não
será mais o foco, se eu começo por mim mesma no que quer que seja, estarei
sendo mais coerente para que possa avançar na construção da paz na minha
família, na minha comunidade, na minha cidade, no meu estado, país e assim, no
mundo.
Otimismo demais? Que tal tentar?
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