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Mostrando postagens de setembro, 2017

Existe Vida Além da Prisão? - Ação do Além das Grades -

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Renan Nascimento Araújo , estudante de Direito da UFPE, é o nosso entrevistado de hoje no blog. É servido público do Tribunal de Justiça e participa do Além das Grades , grupo constituído desde 2013 . Ele salienta que as opiniões individuais dele contidas nesta entrevista não necessariamente refletem a opinião de todos do grupo. O Além das Grades é um projeto de extensão da Faculdade de Direito da UFPE. É um grupo formado por estudantes e militantes principalmente da área do Direito que luta em prol dos Direitos Humanos no sistema carcerário, questionando o próprio sistema, promovendo assessoria jurídica e social para presos e presas.  Atualmente está atuando na Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima. Coletivo Tururu: Especificamente como o Além das Grades Trabalha? Poderia dar exemplos? Renan: Vamos quinzenalmente a Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima e ficamos em uma sala com computador atendendo as presas que são encaminhadas pela ONG REMA, até a gente. A Ong e

AQUELA OLHADA NO ESPELHO

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Comunicação para dar certo é algo que precisa ser revisto, o tempo todo, e novas estrategias devem ser criadas para serem adaptadas a realidade de cada lugar, de cada objetivo. E pensando nisso, a gente, do Coletivo Força Tururu, que trabalha com comunicação sempre está pensando em algo novo para dialogar diretamente com as pessoas, para ser fonte de reflexão social, quando nas ruas e becos de tantas comunidades ou aqui, no mundo virtual, que igualmente surte efeito gigantescos. Criamos algumas mídias virtuais para ser instrumento de divulgação e conscientização de ações que o Coletivo Força Tururu desenvolve para a redução da violência.  Aquela foto tirada, um vídeo denúncia elaborado, um fanzine distribuído, uma exposição fotográfica, um documentário para construção de uma discussão propositiva, um clipe de rap que traz contextos das favelas, e por aí vai. Tudo isso artiulado ao Facebook, Instagram e ao nosso blog, sem contar com aquele boca a boca, frente a frente, em todo

Os Vikings marginalizados

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A história, os fatos que serão relatados aqui pouco tem a ver com os Vikings da antiga região da Escandinávia que desbravaram os mares da Europa invadindo outros países e tornando-se piratas famosos.  Nem tão pouco se assemelha com a história do grande Viking Ragnar Lothbrok que conquistou a Bretanha no final do século VIII . Dizem que os Vikings já nascem para morrer, sem medo da morte, tendo a batalha e a conquista dos mares e terras seu principal objetivo de vida. E se viessem a morrer sabiam que, segundo a mitologia Nórdica, entrariam, ou seriam recebidos, no grande ´Salão dos Mortos´ de Valhala e que lá continuaram batalhando todos os dias ao lado dos deuses.         Os Vikings que este texto vos conta só se assemelham a estes da antiga Escandinávia, o fato de não terem medo da morte, foram quase que condenados a dor, atribuídos a estes seres que nascem para morrer a maior de todas as imperfeições humanas, o sofrimento, a existência do mal e a invisibilidade perversa.

NOTA DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DA COMUNIDADE DO TURURU À IMPRENSA

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Paulista, 14 de Setembro de 2017 Os problemas referentes a Segurança Pública no estado, deixam a população em alerta e com sentimento de medo constante devido ao avanço no número de homicídios, assaltos e estupros e que causam sérios prejuízos dos diversos tipos às comunidades pobres da Região Metropolitana.  No Tururu não é diferente. Com muitas pessoas assustadas devido a isto e boatos que alardeiam na comunidade é normal o medo acabar prevalecendo sob o cidadão e a cidadã. Diante do posto, grupos organizados da Comunidade do Tururu, que tem o apoio e o reconhecimento de seus trabalhos e iniciativas pela população, resolveram se reunir nesta última quinta-feira, dia 15.09 e refletir como podem mobilizar as pessoas a contribuir por um bairro melhor, livre da violência e de boatos que potencializam esta violência. E desta reunião alguns encaminhamentos foram tirados, como, por exemplo: a Caminhada Grito Positivo , que ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 21.09, às 14

A grande mídia segrega, aliena e estigmatiza

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Quantas vezes a mídia foi na sua comunidade para fazer uma matéria? Ok, vamos reformular melhor a pergunta: quantas vezes a mídia foi na sua comunidade fazer matérias sensacionalistas relacionadas a crime ou a baixarias? Você não acha estranho isso?  Quem detém o poder da comunicação no nosso país a usa para estigmatizar aqueles e aquelas que mais precisam de vez e voz. Estamos fadados a pouco espaço na imprensa mesmo que a Constituição garante a comunicação para todos e todas. A Constituição Federal, ainda nos diz mais: Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; IV - respeito aos valores éticos e sociais d

COTIDIANO VIOLENTO

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Hey, você que está lendo este texto, já sentiu medo de verdade? O medo na sua essência é algo muito subjetivo, talvez seja difícil dizer quem teve mais ou quem teve menos medo, por isso iremos partir do princípio do medo que Márcio sentiu. Márcio é mais um personagem fictício real que mora em alguma das mais de 6 mil favelas que o há Brasil.  Márcio sentiu muito medo. Quando se está no meio de um tiroteio você se sente um nada e um tudo, sua pupila dilata, as glândulas suprarrenais jorram adrenalina no seu sangue, você vira um super homem mesmo sem saber. Seu coração dá 100 porradas por minuto no seu peito, sua mão sua sem parar, seus dentes trincam e os músculos avisam que estão preparados para tudo, principalmente correr. Um atleta olímpico momentâneo nasce e em decisões tomadas em milésimos de segundo acelera-se numa velocidade extrema, salta muros, adentra casas... Foi assim que Márcio se sentiu quando os tiros cortavam o ar, carregados de pavor, em plena luz do meio dia.