10 ANOS DE COLETIVO FORÇA TURURU: O QUE TEMOS A COMEMORAR?
“Há que se cuidar do broto
Para que a vida nos dê flor e frutos”
(Milton Nascimento)
Um movimento que nasce e
cria uma empatia muito forte nas pessoas, quando completa 10 anos, só por este
motivo, tem muitas coisas para se comemorar, porém não distante é necessário
fazer sempre um processo de avaliação e reflexão sobre os passos que foram
dados ao longo da caminhada.
O Coletivo Força Tururu
já ganhou três premiações nacionalmente, inclusive uma em primeiro lugar;
dialogou intensamente com a comunidade através de vídeos, exposições de
fotografias, debates, pesquisas, tudo isso com muito amor e de forma representativa;
já cobrou e foi cobrado por posicionamento sobre determinados temas que estão
ligados às políticas públicas, responsabilidade social e melhoria da qualidade
de vida das pessoas de forma individual e coletiva.
Em 2017 podemos dizer que
foi o auge do CFT, quando lançou a campanha: Eu não quero ser o próximo, que se propôs a dialogar com vários
setores da sociedade para gerar um debate em torno do genocídio da juventude. O
carro chefe da campanha foi o documentário Ele
era meu filho, que contava a história de jovens que foram assassinados pelo
crime. Neste mesmo ano foram várias
entrevistas à mídia convencional, apresentações em faculdades e universidades,
diálogo com outros movimentos, rodas de conversas, palestras... Muito fervor.
Todas
e todos que estavam no Coletivo Força Tururu, estavam pelo comprometimento a
causa, por dias melhores, pela organização popular. A campanha tinha prazo para
findar (final de 2017), porém a bandeira de luta é permanente. Ocorre que, ao
final da campanha, os componentes do Coletivo Tururu não se prepararam para o
depois, e as ações foram diminuindo, a pauta da vez eram as eleições e o avanço
fascista, por falta de organização (talvez), não se conseguiu produzir ações
tão consistentes em 2018, como ocorreu no ano anterior. Uma avaliação mais aprofundada
é preciso ser feita e ela já começou.
Trabalho
comunicação em tempos difíceis como este, torna-se um desafio que ele deve ser
abraçado constantemente, educar é um ato
de se comunicar e se comunicar é um ato de educar, como bem lembra Paulo
Freire. Tomando por base esta frase tão
inspiradora que é através do trabalho de comunicação popular e comunitária, de
beber de sua fonte da criação, que o Coletivo Força Tururu propõe a sua
reorganização, que continuará com sua bandeira de luta permanente pelo enfrentamento às violências e não
deixará nunca de atuar sobretudo nas bases, porque são delas que nascem as
principais revoluções, as que aspiram amor.
Ainda em 2018 este
processo de reorganização será reestruturado, para sermos fortes como sempre
fomos, através da comunicação, levar inspiração aos quatro cantos de todos os
lugares que estivermos: formando mais gente, fortalecendo grupos e comunidades
e tecendo aprendizados.
Em temos como este no
nosso país, precisamos ser e estarmos fortes, por isso não iremos deixar a
peteca cair mais.
Por Coletivo Força Tururu
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