Coletivo Força Tururu

  O Coletivo Força Tururu lançou a 3ª Edição do Prêmio Cultural Canta Pra Vida, destinado a mulheres moradoras de comunidades da região metropolitana do Recife que cantam e compõem suas próprias músicas. O prêmio é uma maneira de estimular artistas a criarem divulgarem seus trabalhos, a gerar mídia sobre o trabalho cultural que desenvolvem e fomentar a força que tem nas periferias de Pernambuco.   1) Pré-requisitos a) Podem se inscrever mulheres cis e trans. b) As mulheres precisam ser moradoras de periferias da Região Metropolitana do Recife. c) As mulheres precisam ser maiores de 18 anos. d) As músicas precisam ser inéditas, nunca gravadas antes. e) Cada artista só poderá enviar uma música. f) As vencedoras das últimas edições não podem concorrer a este edital.   2) Que tipo de música pode ser enviada? As músicas podem ser de qualquer gênero musical, desde que a letra aborde a temática relacionada aos Direitos Humanos, focada em questões sociais...

Infelizmente, Pernambuco concentra quatro municípios entre as 20 cidades com os piores índices de saneamento básico do país, e Paulista está inserida nesse triste cenário. O direito à água e ao saneamento básico que deveria ser assegurado de forma universal e inquestionável, ainda se coloca, em pleno século XXI, como um dos grandes desafios contemporâneos, especialmente em um contexto marcado pela crise climática e pela pressão de lobbies voltados à alteração de Planos Diretores e legislações ambientais, quase sempre em benefício de grandes empreiteiras, com a consequente destruição de áreas verdes e a intensificação da urbanização desordenada. Atento a essa realidade, o Coletivo Força Tururu desenvolveu a exposição fotográfica Águas do Timbó , que evidencia a relevância do Rio Timbó, curso d’água de grande significado ambiental e cultural, que atravessa a cidade de Paulista e cuja preservação é essencial para a região. O rio, contudo, não beneficia apenas Paulista. Nasce em Abreu e L...

  Por André Fidelis, pedagogo, integrante do Coletivo Força Tururu   No próximo dia 7 de setembro, Fernando Macedo, integrante do coletivo Salve Maria Farinha , iniciará uma jornada para uma experiência única: percorrer de bicicleta o trajeto de Recife (PE) até Belém (PA), totalizando mais de 2.400 km. O objetivo é participar da COP30: 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) , evento global que reúne anualmente lideranças políticas, cientistas e representantes da sociedade civil para debater e definir estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas. A viagem será realizada de forma independente. Fernando pretende pedalar diariamente entre 60 e 100 km, seguindo pelo litoral nordestino até alcançar o destino final. Ativista socioambiental há vários anos, ele destaca que essa iniciativa busca promover um debate público sobre a urgência da proteção do planeta. Em sua bagagem, além de itens básicos como colchão e fogareiro, levará também a exp...

  Hoje, ao chegar da escola, minha filha de 5 anos, compartilhou comigo, animada, que teve uma atividade com um “homem do bombeiro” na escola. Segundo ela, o bombeiro falou sobre uma possível visita da turma ao quartel dos bombeiros e contou que os alunos poderiam ter uma experiência direta com animais, entre eles, uma cobra. Durante a explicação, o bombeiro teria olhado diretamente para minha filha que usa uma bandana de cor laranja e o cabelo com um belo penteado black power , e dito que colocaria a cobra “no cabelo dela”. Ela contou isso rindo, sem entender totalmente o peso da fala. Mas, como pai, senti imediatamente o incômodo . Respirei fundo e iniciei um diálogo com minha filha, com todo o carinho e responsabilidade que carrego como pai e como homem negro. Expliquei a ela que a fala do bombeiro, embora disfarçada de brincadeira, foi racista. Fazer associação direta entre seu cabelo, símbolo de identidade, resistência e beleza com um ninho de cobras não é algo inocente...

  Em 2020, tínhamos em mãos um recurso remanescente de um projeto e queríamos fazer algo inovador, ousar, criar algo que nunca havíamos feito antes. Diversas propostas foram colocadas na mesa de debates e, por uma tarde inteira, discutimos quais caminhos seguir. O mais importante era que a iniciativa envolvesse as comunidades. Foi então que, em meio às ideias, uma das integrantes teve um estalo e sugeriu a criação de um prêmio, lançado por meio de edital, voltado para o fortalecimento de mulheres periféricas que cantam e compõem músicas com temáticas relacionadas aos Direitos Humanos. Assim nasceu o Canta pra Vida . A primeira edição, ainda em 2020, teve como vencedora Gessica Beda , da comunidade da Bomba do Hemetério, Zona Norte do Recife, com a música "Marielle: quem matou, quem mandou matar?" – https://www.youtube.com/watch?v=qIniGnxWC8M . O vídeo foi inteiramente gravado na comunidade, com a participação de muitas amigas da artista. A premiação do Canta pra Vida ...

  Algo muito estranho estava ocorrendo na surdina da cidade, e isso tem nome e número: o Decreto nº 034/2024 e, posteriormente, o de nº 072/2024, que trata do estabelecimento de critérios e diretrizes a serem adotados para o Licenciamento Ambiental, na modalidade Adesão e Compromisso, de empreendimentos ou atividades de pequeno ou micro porte e baixo potencial poluidor. Segundo consta na página do próprio Ministério Público de Pernambuco: “Após recomendação emitida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Paulista, a Prefeitura do Paulista promoveu a revogação dos dispositivos ilegais e a adequação do procedimento de licenciamento à legislação vigente , acatando integralmente os termos estabelecidos no documento.” Enviamos, via LAI (Lei de Acesso à Informação) , um pedido à Prefeitura do Paulista para saber quantos licenciamentos autodeclaratórios foram expedidos pela gestão municipal entre 2024 e maio de 2025....