COMO SURGIU O COLETIVO FORÇA TURURU

 


As relações que as pessoas constituem com seus territórios afetivos, comunidades, favelas, periferias, como queiram chamar, é de puro amor, porque é aí que nascem as amizades, o conhecimento de rua e todas suas ramificações de vida se espalham pelo lugar, muitas vezes é difícil diferenciar o que é a pessoa e o que é a localidade, pura poesia por assim dizer, tornando-se um/a só.

Por isso, quando se estigmatiza a comunidade, de igual forma se cola uma tarjeta imaginária no rosto de cada pessoa que mora dentro do território, se no local, pela compreensão do senso comum e pela força do preconceito instalado por lendas, histórias mal contadas e direcionamentos preconceituosos lançados constantemente pela mídia, entende-se que: todos são bandidos, logo, qualquer pessoa, por esse imaginário implementado, é bandido também.



Por quantas vezes e tantas vezes, qualquer morador que seja de periferia, não tenha aberto um jornal, ou visto na tevê ou lido na internet um massacre midiático à sua comunidade? É bala, tráfico, perigo, homicídios, drogas, sons de tiro!!! Caramba!!!! Quem olha de fora temerá, sem sombra de dúvidas, ouvir o nome daquela favela: “nem pensar entrar lá” dirá os mais desavisados.

Acumulando este estigma covarde, de maneira orquestra direcionado, foi que jovens, no ano de 2008, resolveram mostrar a outra face dessa história, provando que os fatos contados ou eram aumentados ou distorcidos ou as duas coisas. Foi daí que nasceu o Coletivo Força Tururu usando a comunicação popular e comunitária, estratégia para se contrapor ao massacre midiático que estigmatiza as periferias imposto pela imprensa hegemônica.



A primeira produção deste coletivo foi o documentário: Tururu: Justiça, Paz e Vida, que tinha objetivo mostrar os “pontos de vida” da comunidade, as instituições sociais, escolas, grupos organizados, pessoas que querem contribuir com o fortalecimento do nome de seu território afetivo. O documentário pode ser visto no link https://www.youtube.com/watch?v=sYqu14UU4z4&pp=ygUadHVydXJ1IGp1c3Rpw6dhIHBheiBlIHZpZGE%3D . Este trabalho foi ganhador de um prêmio, em 2012, pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Com o recurso, os/as integrantes do Coletivo Força Tururu puderam comprar equipamentos de fotografia e audiovisual.

Desde seu surgimento, o Coletivo Força Tururu, mesmo sem ser juridicamente instituído (não possuir CNPJ), nunca parou suas atividades, possui uma vasta experiência no campo da formação e da comunicação, recebeu diversos prêmios, aprovou inúmeros projetos e ampliou sua capacidade de intervenção para toda região metropolitana do Recife.

Quer saber mais? É só seguir: https://www.instagram.com/coletivo_tururu/ 




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CAMPANHA: PAULISTA, TERRITÓRIO NOSSO!

O MURO DA VERGONHA

DOCUMENTÁRIO ABORDARÁ O DIREITO À CIDADE EM PAULISTA