POSSÍVEIS CRIMES ELEITORAIS SÃO COMETIDOS POR VEREADORES EM PAULISTA

 


Por Coletivo Força Tururu

Quando se termina uma eleição, no dia seguinte já começa outra, por isso, articulações, diálogos com moradores, elaboração de estratégias de atuação do mandato, pautas que serão reivindicadas, são rotinas comuns na vida parlamentar.

O Poder Legislativo é o responsável por produzir as leis que irão orientar nossa sociedade com o objetivo regular a vida em comum. Além disso, cabe ao Poder Legislativo fiscalizar, representar o povo brasileiro, além de sediar os debates de interesse municipal, estadual ou nacional, dependendo da sua representatividade regional.

Por dolo ou desconhecimento de sua função, dos 15 vereadores da cidade de Paulista, que fica na região metropolitana do Recife, com mais de 300 mil habitantes, 12 deles, estampam em suas redes sociais, possíveis graves crimes eleitorais que precisam ser investigados e, se de fato, estiverem cometendo excessos, serem punidos.

São postagens organizadas sob duas perspectivas: a primeira é o flagrante oferecimento de possibilidades que vão desde as consultas médicas, até cursos profissionalizantes organizados pelos próprios parlamentares de acesso gratuito à população. Há ainda outros muitos absurdos que foram identificados no conteúdo que é ofertado por eles nas redes sociais, como: encaminhamento para cirurgias e até vereadores que dizem tirar recurso “do próprio bolso” para o calçamento de ruas.

Por falar em ruas, o segundo tipo de postagem é organizado no sentido estrutural da cidade.  Eles identificam eventuais problemas de pavimentação, esgotamento, capinagem ou algo do gênero, fazem um requerimento à prefeitura (obviamente há um processo de articulação juntamente com o Poder Executivo, o que não é mostrado) fazem uma reivindicação, geralmente com um vídeo e, posteriormente (de forma coligada), quando há uma ação da prefeitura no local, um cavalete seu é colocado no momento em que máquinas e trabalhadores estão lá consertando o problema.

Isso se torna por si só, um absurdo sem tamanho, porque age na ingenuidade da população a partir de uma artimanha feroz eleitoral no qual condiciona a obra à força do seu mandato, chegando dar a entender que as vezes é o próprio vereador quem está fazendo aquilo ali. Se isso não for crime eleitoral, poucas outras coisas serão, então.

Após isso, também há uma “casadinha” publicitária como marketing do processo, onde o vereador vai agradecer ao prefeito e que se não fosse por um requerimento do parlamentar esta obra não poderia ter ocorrido. Tudo passa pela perspectiva do próximo pleito eleitoral, se engana que ele está preocupado com as dores do povo.

O Coletivo Força Tururu alerta para o perigo de estratégias enganosas como essas, promovida abertamente por 12 dos 16 parlamentares da cidade de Paulista, porque, no fundo, não há um interesse desses aí de resolver problemas ou sanar estruturas que são graves na cidade, mas sim de perpetuar um sistema onde permaneça os problemas para o povo, a fim de que esses parlamentares sejam “os salvadores da pátria” que irão resolvê-los, ainda que momentaneamente.

Se assim quisessem fazer, de fato, a estratégia mais correta e legal seria a aprovação de leis mais duras, a ampliação de possibilidades de audiência pública, o questionamento via Lei de Acesso à Informação à Prefeitura, denúncias ao Ministério Público, cobrança (sem conchavos) ao Prefeito sobre eventuais problemas que passa à população, escutas permanentes a moradoras e moradores para que essa demanda seja transformada em projetos de lei, em uma política municipal.

2024 está chegando e vem mais uma eleição por ai, porém a campanha começou desde 2020, com os vereadores à todo vapor trabalhando com a apropriação de serviços que não cabem ao seu mandato parlamentar, É ENGANAÇÃO e esperteza por parte deles.

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