COMO SURGIU O COLETIVO FORÇA TURURU





Algo precisava nos motivar, era necessário um início para garantir o nascimento de um grupo de jovens na comunidade que não não fosse uma ONG ou algo ligado a um político, mas organizado como movimento popular que pautasse discussões e problemáticas referente às violações que sofrem cotidianamente comunidades e pessoas.

Sabíamos nós que em Janeiro de 2009 iria ocorrer o 4° Congresso Nacional da Pastoral da Juventude do Meio Popular, em Bom Jesus da Lapa – BA. A PJMP é notoriamente reconhecida como uma pastoral ligada à Teologia da Libertação(grupo à esquerda da igreja católica) e esta seria a nossa motivação que tanto queríamos. A ideia era simples: reunir um número de jovens na comunidade e garantir a nossa ida ao Congresso, quando voltássemos discutir de que forma esse grupo poderia realizar ações de vida na comunidade. O Congresso seria um espaço de formação para esses jovens

Como não tinha ônibus para para levar todos os jovens ligados à PJMP na região Metropolitana, os jovens do Tururu começaram a se mobilizar sozinhos. Foram confeccionadas pulseiras para vender, realização de pedágios sociais nos sinais da Agamenon Magalhães e tudo era depositado na poupaça do grupo que ainda não tinha nome, era apenas chamado de Tururu.

Uma semana faltando para o Congresso foi anunciado que havia articulado dois ônibus e que o Tururu tinha direito a 12 vagas. Desta forma com muita alegria, com um “trocadinho” no bolso devido aos trabalhos feitos, partimos ao 4° Congresso Nacional da Pastoral da Juventude do Meio Popular.  Lá dialogamos com outros jovens, participamos das ofinas temáticas, nos felicitamos em diversas programações culturais que ocorreram e todo final de tarde avaliávamos como foi o dia para cada um e cada uma do gupo. Trazíamos as nossas impressões e pautávamos como melhor aquilo poderia ajudar a nossa comunidade quando voltássemos.

O Congresso acabou e voltamos cheios de energias ao Tururu. Decidimos marcar logo uma reunião na semana posterior, para avaliarmos o Congresso e para decidirmos o que iríamos fazer enquanto grupo. Havia uma ideia “engavetada” do tempo que dois componentes do “Tururu” participavam do grupo de jovens da igreja católica chamado: Jovens Justiça e Paz. A ideia de fazer um documentário que relatasse os “pontos de vida” da comunidade, abordando as instituições que lá trabalhavam, como as pessoas se envolviam umas com as outras e que tudo isso era inifinatamente maior do que os “pontos de morte” propagados pelos programas policialescos da época.  Pronto! A ideia tava no forno, agora só faltava escolher o nome do grupo.

E foi bem simples a escolha, pois nos sentíamos mais que um grupo, éramos um coletivo e como coletivo não poderia existir presidente, coordenador ou algo do gênero, cada um cuidava um pouquinho do coletivo para termos força e força para a nossa comunidade e assim surge em Janeiro de 2009, agora definitivamente, o Coletivo Força Tururu.

E o documentário? O Documentário sobre os pontos de vida da comunidade saiu, se chamou – Tururu: Justiça, paz e vida. Envolveu muita gente, dialogamos com muitas pessoas e foi amplamente divulgado nas ruas do bairro. Com ele ganhamos em 2012 um prêmio pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, de 6 mil reais, que foram revertidos em compra de equipamentos para fortalecer a caminhada do Coletivo Força Tururu.

Se quer saber mais sobre o Coletivo Força Tururu manda um email pra gente coletivotururu@gmail.com ou acessa uma de nossas redes sociais.


Coletivo Força Tururu

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