A ALEGRIA DA COMUNIDADE


            As vezes é difícil entender as contradições que somos levados a decifrar nessa sociedade cheia de paradoxos e complicações impostas pelo dia a dia. Como pode um bairro dito nobre (não sabemos ao certo o que significa nobre, só estamos reproduzindo a palavra por ser a mais usada desde que nos ensinaram de pequeninos onde se viviam os ricos) se as pessoas pouco se relacionam nas calçadas e ruas à noite? Se trancam em seus apartamentos, fecham-se em suas grades e as conversas entre vizinhos na esquina são deixadas em terceiro plano.
Na favela não tem hora pro povo estar na rua, estão a qualquer hora! De manhã, tarde... Verdade que ao sol do meio dia procuram se esconder, porque também é duro de aguentar a quentura de Pernambuco quando o sol bate no centro do céu. De noite?! Vixe! De noite é que tem gente mesmo, na madrugada, batucada, som, povo conversando, rindo contente, se divertindo no seu bairro, porque o bairro, a comunidade são das pessoas, elas devem se apropriar do que é delas, das ruas, becos e vielas.  Não é estranho ver isso ocorrendo justamente em lugares tããããão “perigosos”, onde ocorre rixas de gangues, que digladiam-se pelo controle do tráfico de drogas? O povo deveria é se esconder, se refletissem assim, partindo-se de uma análise posta pelo senso comum. Não! Comunidade é vida, ela tem movimento, ela se interrelacionam, tem seus aconchegos e é fluxo como vasos e artérias sanguíneas e o tráfico fica em segundo plano, porque sobra VIDA nas favelas.
 Com o crescente avanço da violência no estado de Pernambuco, a primeira medida que poderia vir na cabeça das pessoas era se isolarem mais, fecharem-se em suas casas, procurar se trancar como podem, mas quem conhece e dá um rolê pelas ruas das comunidades da Região Metropolitana sabe que a alegria não tem hora para acabar, porque as pessoas tem consciência que elas nasceram para conquistar as ruas de forma que faz parte delas.

Por Coletivo Força Tururu
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