PARATIBE COM TANTOS PROBLEMAS SOCIAIS


Paulista, na região Metropolitana do Recife, uma das principais cidades da área Norte, tem a capacidade de não conseguir se interligar entre os seus bairros. A área das praias, como Janga, por exemplo, tem um acesso bastante dificultoso quando se quer ir a Paratibe, pela falta de organização da mobilidade do município, que é precária com ônibus e passagens caras.

Não é fácil dizer que para quem mora nas áreas das praias da Cidade do Paulista é mais fácil chegar ao Centro da cidade do Recife do que na regional Paratibe (que engloba bairros como: Jardim Paulista, Mirueira, Arthur Lundgren, entre outros). Foi com esse interesse, de entender melhor como funciona a articulação dos bairros na cidade que o Coletivo Força Tururu foi promover uma ação em parceria com o Escambo Coletivo, grupo que atua no bairro de Paratibe, cuja sua principal bandeira de luta é o direito à cidade.



Paratibe, como tantos outros bairros e comunidades do Brasil, possui graves problemas sociais e estruturantes que prejudicam o dia a dia da população e instigam pessoas a provocarem mais gente a tomarem posse sob o que é deles por direito, uma cidade melhor, mais participativa e organizada. Uma das principais questões que a população vêm reclamando é do novo Mercado Público do bairro, onde os comerciantes foram deslocado apenas 50m de seu local original, mas que carregaram com eles nessa mudança problemas econômicos que estão prejudicando seus trabalhos.

Quando uma ação do governo não tem características verdadeiramente participativas, quando não se encontra meios para que o povo seja escutado e participe de todas as etapas que contribuem para uma melhor organização do bairro os prejuízos certamente serão enormes, foi o que ocorreu em Paratibe no caso do Mercado Público. A prefeitura organizou o espaço, deu estrutura aos comerciantes, porém os clientes e a população não acompanhou tudo isso e o que se vê são comerciantes revoltados, falidos e com baixa produtividade em seus balcões de venda. Dona Marli da “Cabeça de Galo”, diz que a “situação para os comerciantes não está boa, antes estávamos em um lugar desestruturado, mas tínhamos clientes, hoje estamos em um local mais organizado, mas não vendemos nada”. E essa é a sensação de muitos comerciantes que foram entrevistados.



Os problemas do bairro não param por aí. Apesar de possuir praças para o lazer da população essas são desestruturadas, onde o lixo e a falta de manutenção tomam conta do espaço. Para abordar tais problemas o Coletivo Força Tururu, junto ao Escambo Coletivo organizou uma lista de atividades pontuais que irão culminar em processos e ações que busquem a participação popular e a cobrança ao Poder Público.

As atividades são: fotorreportagem sobre a quadra do Mangueirão, vídeo sobre o Mercado Público e imagens gerais do bairro. Infelizmente não foi conseguido chegar a tantos outros espaços para gerar debate e dialogar com a população, como, por exemplo, o Clube Municipal. Mas para tantas outras lutas o Escambo Coletivo, com certeza, trará o debate junto à população, instigando uma reflexão em torno dos problemas do bairro e como as pessoas podem contribuir com um espaço melhor através de suas participações e da cobrança ao Poder Público.


Todo esse material será exposto nas mídias sociais dos dois coletivos, que juntos irão promover ao longo de 2018 tantas outras atividades interligadas que visem o fortalecimento dessa parceria tão importante para o município.


Por: Coletivo Força Tururu
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