NOTA CONTRA AGRESSÃO POLICIAL NA DELEGACIA DO JANGA



NOTA DA REDE DE COLETIVOS POPULARES DE PAULISTA SOBRE AGRESSÃO POLICIAL NA DELEGACIA DO JANGA

Paulista, 03 de Abril de 2020


A Rede Coppa (Rede de Coletivos Populares do Paulista) recebeu uma denúncia de uma moradora da Cidade do Paulista, que sofreu agressão na delegacia na Delegacia do Janga (Av. Dr. Cláudio José Gueiros Leite, 1875 ). Sendo o fato ocorrido da seguinte forma:

1) Ela buscou a referida delegacia para prestar uma queixa sobre um fato que ocorrera com ela.
2) Ao contar o fato ao representante da polícia civil no local, foi agredida verbalmente “chamada de burra”.
3) A filha da senhora a acompanhava no momento e estava mexendo no celular enquanto policial agredia verbalmente sua mãe aos berros.
4) O policial achou que a filha estava gravando a situação e em um ato desesperado e covarde agrediu a adolescentes com pontapés e socos, de forma totalmente desproporcional.
5) No local estavam outros policiais que apenas observavam a situação sem se meter ou tentar proteger a adolescente da agressão.
6) As duas conseguiram sair da delegacia correndo e se esconderam em uma farmácia. Viaturas saíram do posto policial e foram atrás das duas que conseguiram posteriormente chegar a sede do Conselho Tutelar das praias.
7) A sede estava fechada. Ela procurou a corregedoria que a encaminhou novamente à delegacia e em seguida ao IML para fazer o exame de corpo de delito.

Não bastassem todos os fatos trazidos neste documento, ainda, de forma incansável, queremos citar a LEI Nº 13.869, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, a LEI Nº 8069, o Estatuto da Criança e do Adolescente, pois se tratou de uso de violência contra a jovem e submetê-la a situações de constrangimento, e o Art. 5º da CF, que retrata “Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral”. Todas transgredidas pela ação policial no fato ocorrido.

A senhora que nos procurou, com medo das represálias que podem ocorrer contra ela devido a alguma ação ilegal da polícia que atente contra sua vida, decidiu procurar a Corregedoria, coletivos organizados da cidade e o Ministério Público para que tomem conhecimento do fato vergonhoso para a corporação da polícia que deixou marcas no corpo e na mente dela e de sua filha, gerando constrangimentos e dores.

Nós, que formamos a Rede de Coletivos Populares do Paulista, não podemos concordar com atos de extrema covardia e truculência por parte da polícia a uma cidadã que foi apenas buscar um direito que é seu na delegacia, formalizar uma queixa e foi tratada com brutalidade, desrespeito e ameaças por parte de quem deveria acolhê-la.
Sendo assim deixamos registrado que iremos acompanhar este caso e nos solidarizamos com esta situação.

Assinam a carta:
Coletivo Força Tururu
Observatório Popular de Maranguape 1
Coletivas
Escambo Coletivo
Coletivo M1



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